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A Mulher e a Enxaqueca

Atualizado em 24/01/2020 Por Dr. Alexandre Feldman

Mulher sofre com enxaqueca mais que homem.

A enxaqueca na mulher

Mulher sofre com enxaqueca

Enxaqueca incide muito mais na mulher que no homem. Para cada homem com enxaqueca, existem cerca de 4 mulheres com enxaqueca. Claro que por trás dessa disparidade, existe um desequilíbrio hormonal que é muito mais fácil de ocorrer na mulher.

Enxaqueca é uma doença crônica com crises muitas vezes debilitantes e incapacitantes. Não apenas pela sua natureza dolorosa – dor de cabeça -, como também pelos demais sintomas que acompanham a dor. Se até hoje você achava que enxaqueca é “só” uma dor de cabeça e nada mais, pense novamente. Você se espantará ao descobrir a grande quantidade de sintomas que podem acompanhar a enxaqueca, além da dor de cabeça. Tanto a mulher quanto o homem com enxaqueca podem apresentar um ou mais desses sintomas associados à doença.

A enxaqueca está entre as doenças que mais frequentemente afligem a humanidade. Estima-se que 1 pessoa em cada 5 sofre de enxaqueca. Ao estudarmos as crianças, observamos que tanto meninos quanto meninas apresentam enxaqueca em igual proporção. Mas a partir da adolescência, os fatos mudam e a chance da mulher ter enxaqueca é maior que a do homem. Tanto é que, entre os 15 e 50 anos de idade, mulheres têm bem mais enxaqueca que homens.

A primeira menstruação constitui o início de flutuações nos hormônios sexuais (estrogênios ou estrógenos) da mulher. E coincide com o aparecimento da enxaqueca em muitas mulheres.

Enxaqueca nas Fases da Vida da Mulher

A Enxaqueca menstrual ocorre graças a uma grande desproporção entre estrógenos e progesterona. É esta desproporção que pode causar também os outros sintomas de tensão pré-menstrual (TPM).

Na gravidez, a Enxaqueca melhora. Em alguns casos isolados, pode piorar no primeiro trimestre, mas normalmente melhora muito durante o segundo e terceiro trimestres.

A pílula anticoncepcional é o caminho mais curto para o desequilíbrio hormonal, causa principal da enxaqueca em muitas mulheres. A pílula pode trazer um falso alívio a sintomas como cólicas, irrregularidade menstrual e acne. Leia este artigo bem detalhado sobre as origens desse desequilíbrio hormonal, e de conceitos importantes como a dominância estrogênica.

Estrogênio estimula o cérebro. O excesso atrai enxaqueca.

Na menopausa a enxaqueca costuma melhorar, assim comprovam as estatísticas. Isso faz sentido, já que a menopausa se caracteriza por um declínio em cerca de 70% do estrogênio. Mas mulheres que fazem terapia de reposição hormonal convencional (TRH) para menopausa costumam piorar. O estrogênio é um estimulante do sistema nervoso central (cérebro), e quem tem enxaqueca não se dá bem com estimulantes. A razão disso é que a enxaqueca em si já compreende um estado de hiperatividade do sistema nervoso central. Quando você junta um estado de hiperatividade com algo que estimula, o resultado é uma facilitação da próxima dor de cabeça. Aliás, este é o mesmo motivo pelo qual café e cafeína deveriam ser evitados por quem tem enxaqueca.

Para tudo tem remédio. Será verdade?

A medicina atual, infelizmente, baseia todos os seus tratamentos em remédios. Estes não devem ser descartados, é claro. Muitas vezes são parte importante no tratamento. O que acontece, porém, é que os remédios não têm o poder de curar. Eles apenas aliviam sintomas. Sem sintomas, há a sensação falsa de melhora pela raíz.

O que ocorre atualmente são duas grandes campanhas. Uma para que médicos receitem drogas que aliviem sintomas de desequilíbrios hormonais como TPM e menopausa. E outra para que as mulheres peçam de seus médicos essas “drogas milagrosas”. E isso acaba acontecendo ao menor sinal de TPM, cólica, espinhas no rosto, ondas de calor, etc.

Diferente hoje é a garota que não toma pílula anticoncepcional.

Diferente hoje é a mulher que, depois dos 50, não faz terapia de reposição hormonal convencional.

Mulheres vêm sendo tratadas de maneira simplista, como se seu equilíbrio hormonal funcionasse simplesmente como interruptores de “liga-desliga”. Vão se tornando totalmente obedientes aos remédios e dependentes deles.

Não se afogue na onda dos hormônios

Você tem ouvido falar cada vez mais sobre implantes ou injeções de hormônios? Anéis vaginais? Já ouviu aquela conversa que menstruação é função inútil? Que a menstruação deveria até ser considerada uma doença? E que, com as “modernas técnicas de injeções ou implantes hormonais”, inseridos sob a pele, a mulher simplesmente deixa de menstruar e sua vida passa a ser uma maravilha?

Não acredite!

Esses hormônios artificiais não são superiores aos da natureza. A indústria farmacêutica procura sempre modificar os hormônios naturais para produzir substâncias novas. E efeitos novos, estranhos a tudo que ocorre naturalmente. E que por isso mesmo, podem ser patenteados e dar lucro. As TVs, revistas, mídias eletrônicas, agências de notícias etc, acabam repletas de notícias sobre novos hormônios. Hormônios que prometem solucionar antigos problemas sem efeitos colaterais. Tudo graças à propaganda maciça. Infelizmente, a mesma propaganda influencia alguns médicos a acreditarem em tudo isso, e receitarem estas substâncias sem maiores restrições.

Hormônios têm efeitos colaterais

Os hormônios da moda, na verdade, possuem uma longa lista de possíveis efeitos colaterais, entre os quais:

  • Retenção de líquido
  • Aumento da gordura do corpo
  • Ganho de peso
  • Nódulos mamários
  • Câncer de mama
  • Problemas de bexiga
  • Miomas no útero
  • Formação de coágulos no sangue
  • Trombose venosa
  • Derrame cerebral
  • Câncer de ovário
  • Câncer de útero

Além, é claro, de desencadearem mais crises de enxaqueca. Aliás, se você ainda não leu meu artigo sobre efeitos negativos da pílula e outros hormônios no organismo da mulher, então faça isso agora e depois volte aqui para terminar de ler.

Interesses econômicos acima de tudo?

A propaganda que a indústria investe nesses produtos é impressionante. Cada vez que sai um novo remédio. Os consultórios dos especialistas são intensamente visitados por representantes da indústria que apresentam a nova droga em panfletos extremamente bem elaborados.

A indústria, além de publicar anúncios em revistas médicas, patrocina congressos e até aborda diretamente o público consumidor. Essa abordagem se faz através de propagandas nos meios de comunicação em massa. Ou, mais sutilmente, através de entrevistas com médicos – formadores de opinião.

Infelizmente, muitos médicos, por vários motivos, acreditam sem muito questionamento na “verdade” propalada pela indústria. Indústria essa que por sinal, investe bilhões de dólares em hormônios e espera obter retorno.

Enquanto não se comprova…

Lembre-se: os malefícios reais das novas drogas hormonais só passarão a ser comprovadamente reconhecidos depois de centenas de milhares de usuárias desavisadas já terem sofrido as conseqüências. Não arrisque ser uma delas.

A verdade é que esses novos tratamentos, entre os quais a velha pílula anticoncepcional e a tão badalada “reposição hormonal” à base de hormônios sintéticos, contribuem muito para desestabilizar o delicado equilíbrio hormonal da mulher. As consequências, cada vez mais frequentes no mundo em que vivemos, são prova disso.

A solução pode estar no estilo de vida

A solução que recomendo para corrigir, com sucesso, os desequilíbrios hormonais da mulher que resultam, entre várias outras doenças, em:

  • TPM
  • Cistos ovarianos
  • Enxaqueca (dentro e fora da menstruação)
  • Retenção de líquido
  • Espinhas
  • Flutuações de humor e
  • Ondas de calor da menopausa,

baseia-se em mudanças, para melhor, no estilo de vida.

Um estilo de vida saudável, que engloba alimentação, sono, atividade física adequada e gestão das emoções, é a grande chave para que o próprio corpo encontre o alívio e até mesmo a cura para a enxaqueca, já que a medicina não possui essa cura.

Muitas leitoras do meu livro buscaram e encontraram as mudanças de estilo de vida necessárias para controlar bem mais a enxaqueca. Se você ainda não leu meu livro e sofre de enxaqueca, sugiro enfaticamente que leia o quanto antes.

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Tópico: A Enxaqueca

Sobre o Autor - Dr. Alexandre Feldman

Médico clínico-geral (CRM-SP 59046), autor de vários livros sobre enxaqueca, criador e responsável pelo site Enxaqueca.com.br (onde você se encontra neste momento), palestrante, criador do termo "Medicina do Estilo de Vida", para designar a vertente da medicina que prioriza mudanças de hábito e estilo de vida para a prevenção e recuperação de doenças. Tem consultório em São Paulo, cidade onde mora com sua esposa, a culinarista Pat Feldman e dois filhos.

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