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Enxaqueca: Comer Fora é um Desafio

Atualizado em 22/06/2016 Por Dr. Alexandre Feldman

Neste último fim-de-semana estive em Goiânia para dar uma palestra no Centro de Convenções da cidade. No jantar de sábado, resolvi ir a um dos melhores restaurantes da cidade. Pensando em unir o saboroso ao suadável, pedi um prato inspirado na culinária tradicional da região. O prato chama-se risoto do cerrado, e leva, além de arroz, os ingredientes que enumero e comento a seguir:

  • Tiras de peito de frango – Poderia ser saudável se o frango fosse autenticamente caipira, ou seja, criado solto, sem milho ou ração, apenas “pasto” (gramado) e insetos, que os frangos adoram e convertem em ômega-3, depositado na sua gordura. O ômega-3 é importantíssimo para a saúde do nosso cérebro, além de possuir propriedades antiinflamatórias, diminuindo nossa tendência a sentir dor desnecessariamente. Frangos alimentados à base de ração (milho, grãos) não têm ômega-3.
  • Pequi – O pequi é uma espécie de “coco”, que possui uma porção carnosa (“fruta”) e uma porção sólida (“amêndoa”), sendo que esta última dá origem ao óleo de pequi e é rica em ácido láurico, com propriedades antiinflamatórias, antimicrobianas e energéticas. Seria saudável se fosse orgânico, ou seja, não contivesse agrotóxicos. Os agrotóxicos para os “coqueiros” são administrados através da raíz, sendo incorporados por toda a planta, transformando-a, por inteiro, num agrotóxico!
  • Linguiça – um dos pratos mais saudáveis da alimentação tradicional de muitos povos, a carne fermentada sob a forma de linguiça é densa em nutrientes. Seria saudável se tivesse sido preparada a partir de animais criados soltos (pelas mesmas razões que o frango, acima), e sem a adição de conservantes do tipo nitritos, que mantêm a coloração vermelha (e não amarronzada, como seria originalmente) e pode desencadear crises de enxaqueca (além de poderem provocar câncer).
  • Guariroba – “fruta” do coco de uma espécie de palmeira. Mesmas explicações que o pequi (acima).
  • Manteiga – Ingrediente extremamente saudável, muito mais saudável que qualquer óleo de cozinha comum.
  • Azeite – A palavra “azeite” era tudo que o cardápio dizia. Será “azeite de oliva”? Será “azeite extra-virgem de oliva”? O cardápio não fornece estas informações importantes. Será este um ingrediente saudável? Na dúvida, melhor desconfiar.
  • Ervilhas – Saudáveis se tiverem sido cultivadas sem agrotóxicos (cultivo orgânico) e deixadas de molho por algums horas, antes do cozimento, a fim de neutralizar os antinutrientes. Como não há demanda para esse tipo de cuidados por parte dos consumidores, é provavel que eles não tenham sido tomados
  • Açafrão – O açafrão é um ingrediente saudável, com propriedades antiinflamatórias e anti-câncer. Não sei se é comum o uso de agrotóxicos no cultivo de açafrão-da-terra (provavelmente o utilizado neste prato). Se alguém souber, por favor comente.
  • Cebola – A cebola é um ingrediente saudável, desde que cultivada sem agrotóxicos. Não existem níveis saudáveis de agrotóxicos no nosso organismo, por isso devemos evitar ao máximo consumi-los. Além disso, alguns portadores de enxaqueca podem ter suas crises desencadeadas por alimentos muito acebolados. A dica é incorporar a cebola ao prato, picando-a em pedacinhos muito pequenos. No caso deste prato, a cebola estava muito bem incorporada.
  • Louro – Quanto mais ervas são mencionadas num prato, maior a demonstração que o cozinheiro entende da combinação e da magia dos sabores, e menor a probabilidade que tenha apelado para temperos artificiais, como o glutamato monossódico, vício presente na cozinha de quase todos os restaurantes. É preciso que os consumidores comecem a prestigiar os estabelecimentos que declaram em seus cardápios, que não utilizam este ingrediente com potencial neurotóxico. Na Europa, Estados Unidos e países orientais, os restaurantes fazem questão de deixar uma placa na porta, dizendo que não utilizam glutamato monossódico em seus pratos.
  • Tomate – Rico em licopeno e outros nutrientes importantes, o tomate é uma fruta saudável, porém deixa de sê-lo quando é repleto de agrotóxicos, como é o caso da maioria dos tomates utilizados nos restaurantes. Não há demanda do público por ingredientes orgânicos (sem agrotóxicos), por isso, para os restaurantes, “tomates” são apenas “tomates”, não importando a procedência e métodos de cultivo dos mesmos.
  • Azeitonas verdes – As azeitonas contêm o princípio nutritivo do azeite de oliva. As oliveiras podem (ou não) ser borrifadas com agrotóxicos. Mais uma vez, os consumidores deveriam demandar esta informação, prestigiando os restaurantes que utilizam matérias-primas orgânicas em seus pratos.
  • Pimenta de cheiro – A pimenta possui propriedades antiinflamatórias e vale a pena ser consumida em pequenas quantidades.
  • Cheiro verde – A salsinha ou cheiro verde é mais uma erva, com as mesmas observações que as do louro, acima.

Não estava escrito no cardápio do restaurante se o glutamato monossódico é ou não utilizado na cozinha, portanto não é possível saber com certeza.

Conclusão: bom mesmo é a comidinha de casa, que a gente sabe de onde vem e como foi preparada. Na minha opinião, devemos escolher muito bem os lugares onde vamos comer.

Tópico: Alimentação

Sobre o Autor - Dr. Alexandre Feldman

Médico clínico-geral (CRM-SP 59046), autor de vários livros sobre enxaqueca, criador e responsável pelo site Enxaqueca.com.br (onde você se encontra neste momento), palestrante, criador do termo "Medicina do Estilo de Vida", para designar a vertente da medicina que prioriza mudanças de hábito e estilo de vida para a prevenção e recuperação de doenças. Tem consultório em São Paulo, cidade onde mora com sua esposa, a culinarista Pat Feldman e dois filhos.

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