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Crianças: Brincar é o remédio

Atualizado em 24/01/2020 Por Dr. Alexandre Feldman

Brincar é Vital Para o Cérebro de Crianças e Adultos

Brincar faz bem

Vamos brincar?

Brincar. Quantos de nós já esquecemos do período em que, quando crianças, brincávamos horas a fio com nossos pais, avós e amigos? Um brinquedo no parque, uma bola para jogar e devolver (ou chutar), uma areia gostosa, uma piscina, lagoa ou mar, uma brincadeira de pega-pega, esconde-esconde, amarelinha. Brincar de terminar uma frase ou verso, brincar de cantar, brincar de roda, de cabra-cega, pular corda, pião, bolinhas de gude, subir em árvore…

Tenho observado uma familiaridade cada vez menor dos pais com essas brincadeiras e outras que seus filhos esboçam. O que se vê, talvez em conseqüência, é a criação de cada vez mais justificativas para não brincar assim: “Pode ser perigoso”, “Vai sujar a minha roupa (ou a da criança)”, “Não tenho tempo agora”, “Estou ocupado”, “Tenho tantos outros problemas para resolver”, “Estou cansado(a)”…

Quando, finalmente, ocorre a conjunção de um tempinho de folga dos pais com a disponibilidade da criança, ambos já se esqueceram como se sentir absolutamente à vontade para criar um momento encantado e deixar-se envolver por ele, não importando o resto do mundo. Esses momentos trazem extrema sensação de paz e segurança para pais e filhos, igualmente. Deixam, também, as melhores lembranças para toda a vida.

Ao se distanciar dessas brincadeiras com os pais, as crianças recorrem à televisão, que ganhou o triste adjetivo de babá eletrônica. Pronto, o caminho está aberto ao sedentarismo e à trágica padronização da cultura, conhecimento e valores, à pasteurização da personalidade e individualidade. Os refrigerantes, bolachas, iogurtinhos químicos, fast-foods e farináceos, todos repletos de açúcar, óleos oxidados, corantes, conservantes, emulsificantes, realçadores de sabor e adoçantes artificiais, entram em cena durante os comerciais e até mesmo dentro da programação (clique aqui para ler um artigo interessante sobre este assunto, no blog “Crianças na Cozinha”). Os interesses econômicos fazem com que os personagens dos desenhos animados se transformem em embalagens de produtos “alimentícios” industrializados. O pião, a bola e o gira-gira cedem lugar a esses produtos, os quais passam a ser associados à “infância”.

Sim, isso mesmo! Nos dias atuais, as crianças reunem-se em “festas infantis” mais para comer que para brincar. Prova disso são os inúmeros buffets infantis que florecem a cada dia. A desculpa fica sendo a falta de espaço ou a bagunça em casa. De repente, ficou tão difícil brincar ao ar livre!

Ficou tão difícil brincar! As brincadeiras na água foram substituídas por aulas de natação. As brincadeiras de bola, por aulas de tênis, vôlei, futebol. Brincar de dançar se transformou em aula de balé ou sapateado. A diferença entre brincar e treinar é imensa. Vejo professores de natação, à beira da piscina, tratando crianças como competidores e gerando, assim, mais uma fonte de stress. Vejo o mesmo nas academias esportivas e de dança.

Crianças mal-alimentadas e estressadas não são tão felizes. Os mesmos artigos de consumo tidos como “lembranças da infância”, transformam-se em vilões a serem evitados por adultos vitimados pela enxaqueca, depressão, pânico, ansiedade, obesidade, diabetes e problemas hormonais. Adultos que se esqueceram, há muito tempo, do significado de simplesmente brincar.

Tópico: A Enxaqueca/ Crianças e Enxaqueca/ Estilo de vida/ Gestão das Emoções/ Sem Remédios/ Tratamentos

Sobre o Autor - Dr. Alexandre Feldman

Médico clínico-geral (CRM-SP 59046), autor de vários livros sobre enxaqueca, criador e responsável pelo site Enxaqueca.com.br (onde você se encontra neste momento), palestrante, criador do termo "Medicina do Estilo de Vida", para designar a vertente da medicina que prioriza mudanças de hábito e estilo de vida para a prevenção e recuperação de doenças. Tem consultório em São Paulo, cidade onde mora com sua esposa, a culinarista Pat Feldman e dois filhos.

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